O currículo é um campo de luta por significação e por formação de identidade, no qual os conhecimentos selecionados estabelecem a conexão entre a cultura, a linguagem e o poder, que implica na produção de representações acerca do docente, do discente e dos temas de estudo. Sendo assim, o currículo é uma prática social (SILVA, 2017). Para Hall (1997), uma prática social produz identidades transitórias, que resistem às tentativas de fixação de seu significado e aos dispositivos de normatização, características da sociedade multicultural.
Nessa pesquisa, analisamos como ocorre a ressignificação, um dos encaminhamentos didático-metodológicos do Currículo Cultural. Por meio da autoetnografia, produzimos um relato de prática, cujo tema foi o basquete. As análises foram realizadas com base nas noções de governamentalidade e contraconduta de Michel Foucault. Os resultados indicam que a ressignificação emergiu nas ações de resistência e consequentemente da contraconduta por parte dos alunos diante das formas de regulação.
