O currículo cultural de educação física no ensino médio e suas potencialidades em contexto pandêmico

O currículo cultural de educação física no ensino médio e suas potencialidades em contexto pandêmico

Este estudo tem como objetivos observar e analisar aulas de Educação Física no Ensino Médio, ancoradas pelo Currículo Cultural, a fim de perceber como se dá o seu acontecimento, quais as práticas discursivas que são produzidas em meio às relações de poder que governam condutas e, também, compreender processos que se estabelecem, como problematização, transgressão e ampliação dos discursos de uma determinada representação de prática corporal. Para tanto, realizou-se uma autoetnografia no período de um semestre letivo. Entende-se autoetnografia a partir de Santos (2017) como narrativa pessoal da experiência vivida pelo autor da pesquisa, descrevendo e criticando as crenças culturais, práticas e experiências; reconhecendo e valorizando as relações do pesquisador com os outros sujeitos da pesquisa e visando uma autorreflexão entre o pessoal e o político, o sujeito e o social, o micro e o macro. As análises se deram a partir de referenciais pós-estruturais e de ferramentas conceituais discutidas em Michel Foucault, como representação, poder e governamentalidade. As observações e análises empreendidas propiciaram diversas reflexões e análises, tais como: desconstrução de discursos por parte dos alunos sobre representações e reconstrução de outros, mais abertos à diferença, durante a tematização; possível transgressão dos limites da disciplina de Educação Física, que se aproximou de temas para além das práticas corporais; a relevância de vozes externas à escola em atividades de ampliação dos saberes discentes. Essa autoetnografia também operou como uma ‘tecnologia do eu’ docente, pois atuou no processo de constituição de sua identidade e de novas subjetividades durante essa experiência.

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