O ensino das lutas na escola: uma análise arquivista do discurso do currículo cultural

O ensino das lutas na escola: uma análise arquivista do discurso do currículo cultural

Esta pesquisa focaliza a presença das Lutas no currículo da Educação Física, com foco no denominado Currículo Cultural, tomando-as como linguagem corporal que expressa modos de ser, pensar e agir e produz formas de pertencimento indentitário. Justifica-se pela ausência de estudos e pesquisas a respeito dos modos como esse tema é tratado no contexto das aulas do componente curricular da Educação Física. Em função da maior incidência de propostas, divulgadas na literatura da área, que tematizam as Lutas sob o enfoque das teorias pós-críticas do currículo, o estudo toma a produção discursiva dos docentes sobre a própria prática presentes em relatos de experiência, a fim de representar o encontro que estabelecem entre as bases epistemológicas em que se apoiam e a prática pedagógica que realizam, assim como produzem seus enfrentamentos, suas dificuldades e suas estratégias O estudo se concentra nas produções teóricas produzidas na articulação entre o campo dos Estudos Culturais, algumas ferramentas dos estudos foucaultianos, dentre elas o método arquivista, o qual se dedica a flagrar a iniquidade das certezas fixadas, com o objetivo de localizar como o tema Lutas acontece no âmbito do currículo cultural, e as teorias do currículo em geral e da Educação Física, em específico. Notamos, em um primeiro momento que a maioria das pesquisas encontradas acerca da presença das Lutas na escola se preocupa com as dificuldades encontradas pelos docentes para a sua efetivação. No segundo momento, observamos que os docentes que produzem o Currículo Cultural, ao se pautarem nas bases epistemólogicas póscríticas criam um arquivo que permite a produção de discursos pedagógicos que tanto apagam os enunciados que impedem o estudo das Lutas nas escolas como fazem entrar para a história aqueles que tratam das questões culturais pertinentes aos processos de significação das Lutas, ao seu valor simbólico, seus aspectos de regulação que incidem na produção de posições identitárias de sujeito. À vista disso, nosso propósito foi a de ampliar a perspectiva de conhecimento, e alertar que é possível tematizar as Lutas livres das representações que a própria EF ajuda a construir e assim produzir outros discursos sobre elas.

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