O País das Maravilhas e o Currículo Cultural da Educação Física : etnografia das aulas no Ensino Superior

O País das Maravilhas e o Currículo Cultural da Educação Física : etnografia das aulas no Ensino Superior

Narrada como País das Maravilhas, esta pesquisa teve como objetivos descrever as aulas de uma disciplina do Ensino Superior que leva em consideração o Currículo Cultural e investigar a noção da diferença dispersada nos discursos pedagógicos produzidos nessas aulas. Requisitou-se as proposições conceituais de representação, discurso e diferença discutidas por Stuart Hall, Michel Foucault e Jacques Derrida, como ingredientes imprescindíveis para realizar tal empreitada. Com o contexto pandêmico as aulas passaram a ser remotas, logo o percurso metodológico se deu com caráter inventivo, devido às intempéries advindas da pandemia, apostou-se no gesto etnográfico para o acompanhamento das aulas da disciplina, essas foram registradas em um diário de campo digital. Na análise dos dados produzidos optou-se pela proposta pós-estrutural, anunciada por Cherryholmes. Composta por duas partes – videoaulas e encontros síncronos – a disciplina organizou-se a partir de discussões sobre o corpo, identidade, currículos da Educação Física, referenciais pós-críticos e Currículo Cultural; marca-se que o sujeito-docente não é fonte do discurso, mas também é dispersado a partir da posição ocupada nas aulas. Nas análises, se pôde organizar quatro entendimentos de diferença, sendo eles a nossa identidade e a definição do outro, a valorização do diferente e o estruturalismo, a transposição da diferença para a identidade, e, a espada vorpal como sendo positiva. Sabe-se que uma aula jamais é como todas as outras, a differánce é condição de sua produção. As significações se mostraram plurais, distintas e potentes para o trabalho pedagógico nas escolas.

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