CURRÍCULO CULTURAL: AS REPRESENTAÇÕES DA RESSIGNIFICAÇÃO

Neste trabalho, tomamos como objeto de pesquisa relatos de prática que versam acerca do Currículo Cultural (CC) da Educação Física (EF). Apoiados na análise cultural e na noção de representação produzidas no campo dos Estudos Culturais em sua vertente pós-estruturalista, interpretamos como alguns docentes descrevem em suas ações pedagógicas um dos encaminhamentos didáticometodológico do CC: a ressignificação. Notamos que a ressignificação emergiu em três diferentes situações e com significados distintos, ou seja, em três representações discursivas sobre o tema de estudo. No primeiro, ao ancorar no jogo de futebol de várzea, no futebol de rua, na queimada e na brincadeira conforme suas ocorrências sociais, os alunos notaram a dificuldade em vivenciá-las diante das gestualidades específicas dessas práticas. Fato que gerou conflitos e com eles a elaboração dialogada de outras formas de praticar. No segundo, mediante as problematizações demandadas no devir das aulas, a ressignificação foi representada nas formas de adaptações diversas dos objetos para a ginástica rítmica desportiva, no andar com o skate, no futebol de campo, na luta de muay thay e no jogo de golfe em meio as dificuldades de vivenciar tais práticas corporais de acordo com a realidade local da escola (espaços e materiais) e dos saberes dos sujeitos (alunos, professor e praticantes).

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Neste trabalho, tomamos como objeto de pesquisa relatos de prática que versam acerca do Currículo Cultural (CC) da Educação Física (EF). Apoiados na análise cultural e na noção de representação produzidas no campo dos Estudos Culturais em sua vertente pós-estruturalista, interpretamos como alguns docentes descrevem em suas ações pedagógicas um dos encaminhamentos didáticometodológico do CC: a ressignificação. Notamos que a ressignificação emergiu em três diferentes situações e com significados distintos, ou seja, em três representações discursivas sobre o tema de estudo. No primeiro, ao ancorar no jogo de futebol de várzea, no futebol de rua, na queimada e na brincadeira conforme suas ocorrências sociais, os alunos notaram a dificuldade em vivenciá-las diante das gestualidades específicas dessas práticas. Fato que gerou conflitos e com eles a elaboração dialogada de outras formas de praticar. No segundo, mediante as problematizações demandadas no devir das aulas, a ressignificação foi representada nas formas de adaptações diversas dos objetos para a ginástica rítmica desportiva, no andar com o skate, no futebol de campo, na luta de muay thay e no jogo de golfe em meio as dificuldades de vivenciar tais práticas corporais de acordo com a realidade local da escola (espaços e materiais) e dos saberes dos sujeitos (alunos, professor e praticantes).