Description
O Breaking enquanto dança e um dos quatro elementos da cultura Hip-Hop, recentemente foi considerado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como esporte olímpico. Sendo assim, este trabalho objetiva identificar quais são as produções acadêmicas que relacionam o Breaking com a Educação Física, Esporte e os Jogos Olímpicos/Olimpíadas, a partir da revisão de literatura, como foco principal em estudos a partir de 2018, ano em que ocorreu o primeiro evento oficial organizado pelo COI em que esta dança aparece como modalidade esportiva olímpica (Jogos Olímpicos da Juventude – JOJ, Buenos Aires, 2018). Os trabalhos foram pesquisados nas plataformas Lilacs, Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, Google Scholar e Scielo, convergindo em resultados apenas nas três primeiras. De um total de 121 trabalhos encontrados, foram objeto de análise 12 que tinham como foco central o Breaking na relação direta com a Educação Física e com o Esporte, com destaque para Salviano (2018) – “Breaking e desenvolvimento motor: processo de ensino e maturação do movimento especializado freeze”; Dias (2018) – “Por uma pedagogia hip-hop: o uso da linguagem do corpo e do movimento para a construção da identidade negra e periférica” e Correia; Da Silva; Ferreira (2017) – “Do racha na rua à batalha no palco: cenas das danças urbanas”. Sendo assim, esta revisão de literatura também visa discutir quais são os saberes produzidos sobre o Breaking nessas 12 produções, e analisá-los a partir da perspectiva dos Estudos Culturais (EC), campo acadêmico interdisciplinar, composto por pensadores que dialogam com os referenciais pós-estruturalistas, pós-modernos e póscríticos. Consideramos que este recorte de pesquisa refletiu uma heterogeneidade de discursos, identidades e finalidades acerca do Breaking, entre elas o reforço de uma prática desportiva para o desenvolvimento físico e intelectual de seus praticantes, numa perspectiva biopsicossocial de formação de sujeito, bem como produções que se debruçaram em perspectivas estéticas, reflexivas e de representação para as culturas juvenis, sejam elas tensionadas por bases epistemológicas críticas, com características de estabelecer um “resgate” cultural e permanência de suas características, ou aquelas que se propõem a entender os percursos e influências concretas e simbólicas que permeiam os praticantes dessa dança, aqui categorizada como “visão pós-crítica”.
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